A reunião realizada pelo Ministério Público, através da Promotora
Eleitoral da Comarca de Carangola, só veio corroborar o que a Folha tem publicado com relação às Eleições, aos
direitos e deveres de candidatos e eleitores, à compra de votos, à corrupção eleitoral,
aos candidatos que acreditam que “com pão e circo” se conquista o voto do
eleitor, aos candidatos que propagam mentiras, aos que fazem promessas
mirabolantes, enfim, a todos aqueles candidatos de caráter duvidoso, que usam
de todos os meios para tentarem conquistar o voto do eleitor e,
consequentemente, o poder.
Também
acompanhamos atentamente à manifestação feita pelo Bispo Dom Emanuel Messias de
Oliveira, publicado no jornal Elo Paroquial, do Santuário de Santa Luzia, em
Carangola, onde o Bispo Diocesano fala sobre a ética na política e lembra que
“a corrupção e a decorrente impunidade constituem grande ameaça ao sistema
democrático. Aumenta o fosso das desigualdades sociais e fere gravemente o
princípio do destino universal dos bens. A corrupção trai a justiça e a ética
social, compromete o funcionamento do Município, decepciona e afasta o povo da
participação política, levando-o ao desprezo, perplexidade, cansaço, revolta e
ao descrédito generalizado, não somente pelos políticos, mas também pelas
Instituições Públicas”.
Dom
Emanuel também alerta como deve ser a política: “um serviço ao bem comum, na
construção de uma sociedade justa, fraterna e solidária” e enfatiza que os
políticos devem ser “pessoas dotadas de virtudes sociais, com competência,
retidão, transparência e espírito de serviço, sendo os primeiros responsáveis
pela ordem justa na sociedade. A superação da corrupção exige pessoas e
partidos com perfil íntegro para o serviço do mandato público”.
Durante
anos, a Folha, não apenas em período pré-eleitoral, como fazem os oportunistas
de plantão, mas durante toda a sua existência, tem pautado sua linha editorial
no esclarecimento e conscientização do cidadão, tendo em vista que um governo
corrupto tem a chancela do eleitor que, ao não avaliar responsavelmente o seu
candidato, coloca nas mãos do político corrupto as “chaves” para abertura dos
Cofres Públicos, de onde subtraem para si a e para os seus, o que deveria ser
investido em Saúde, Educação, Assistência Social, Segurança, enfim, no bem
estar de toda população, ao invés de, como acontece em muitos casos, na
promoção pessoal de alguns que esbanjam o dinheiro público em festas cujo único
fim é o eleitoreiro.
Quem
vota por ter recebido um favor pessoal, animado pelos tapinhas nas costas, pela
divisão da cachaça, da cerveja e do tira-gosto, pelas fantasias dos indignos,
pela sugestão de amigos e cabos eleitorais cujos propósitos se desconhece,
apunhala covardemente a si e à sua família, expondo toda a sociedade ao
sofrimento e à falta de assistência digna.
Bertold
Brech já alertava que “o maior analfabeto é o analfabeto político”. Portanto,
tolo é o homem que bate no peito e diz que não gosta de política, tolo é o
homem que não se preocupa em discutir as questões de interesse da sociedade
como um todo, tolo é o homem que se omite diante da corrupção, tolo é o homem
que acredita em boatos e deixa de investigar os fatos, tolo é o homem que vota
em outro homem que não sabe administrar aquilo que é de seu interesse, mas que
promete administrar bem aquilo que é de interesse de todos.
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