terça-feira, 12 de junho de 2012

Dom Emanuel diz manifesta indignação e tristeza diante das acusações dos Poderes Constituídos


O Bispo Diocesano de Caratinga, Dom Emanuel Messias de Oliveira, em nota publicada no jornal Elo Paroquial, do Santuário de Santa Luzia, falou sobre “a ética na política”.
Dom Emanuel disse que, “enquanto Igreja, queremos mostrar nossa indignação e tristeza diante das repetidas acusações dos Poderes Constituídos em diversos Municípios de nossa Diocese de Caratinga. Não nos compete acusar ninguém, nem dizer quem está certo ou errado. Isso é da competência do Judiciário, que tem acesso a documentos e pode julgar. Entretanto, podemos e devemos manifestar nossos sentimentos e fazer ouvir a nossa voz em prol da lisura e responsabilidade moral de nossos governantes, pois a Igreja é perita em humanidade”.
Depois de dizer que o “povo não deve ser respeitado apenas no dia das Eleições”, lembrou que os representantes políticos “tem o compromisso e a obrigação de um governo limpo, ético e transparente”, sendo categórico: “um representante público que não honra a cadeira que ocupa deve ser julgado e cassado”.
O Bispo também orientou os fiéis a estudar o perfil do candidato, seus trabalhos antecedentes, sua honestidade e a prova de competência para o cargo, da mesma forma que pediu para que todos coloquem em prática a Lei da Ficha Limpa, não tendo medo de denunciar, e lembrou “em termos morais, se a corrupção é pecado, também a omissão é falta grave; é conivência com o crime”, e ainda disse “a corrupção e a decorrente impunidade constituem grandes ameaças ao sistema democrático. Aumenta o fosso das desigualdades sociais, fere gravemente o princípio do destino universal dos bens. A corrupção trai a justiça e a ética social, compromete o funcionamento do Município, decepciona e afasta o povo da participação política, levando-o ao desprezo, perplexidade, cansaço, revolta e ao descrédito generalizado, não somente pelos políticos, mas também, pelas Instituições Públicas”.
Dom Emanuel disse ainda que “a Igreja quer contribuir para o bem comum, lembrando as exigências éticas do Evangelho... a política é um serviço ao bem comum, na construção de uma sociedade justa, fraterna e solidária”.

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