O
Bispo Diocesano de Caratinga, Dom Emanuel Messias de Oliveira, em nota
publicada no jornal Elo Paroquial, do Santuário de Santa Luzia, falou sobre “a
ética na política”.
Dom
Emanuel disse que, “enquanto Igreja, queremos mostrar nossa indignação e
tristeza diante das repetidas acusações dos Poderes Constituídos em diversos Municípios
de nossa Diocese de Caratinga. Não nos compete acusar ninguém, nem dizer quem
está certo ou errado. Isso é da competência do Judiciário, que tem acesso a
documentos e pode julgar. Entretanto, podemos e devemos manifestar nossos
sentimentos e fazer ouvir a nossa voz em prol da lisura e responsabilidade
moral de nossos governantes, pois a Igreja é perita em humanidade”.
Depois
de dizer que o “povo não deve ser respeitado apenas no dia das Eleições”,
lembrou que os representantes políticos “tem o compromisso e a obrigação de um
governo limpo, ético e transparente”, sendo categórico: “um representante
público que não honra a cadeira que ocupa deve ser julgado e cassado”.
O
Bispo também orientou os fiéis a estudar o perfil do candidato, seus trabalhos
antecedentes, sua honestidade e a prova de competência para o cargo, da mesma
forma que pediu para que todos coloquem em prática a Lei da Ficha Limpa, não
tendo medo de denunciar, e lembrou “em termos morais, se a corrupção é pecado,
também a omissão é falta grave; é conivência com o crime”, e ainda disse “a
corrupção e a decorrente impunidade constituem grandes ameaças ao sistema
democrático. Aumenta o fosso das desigualdades sociais, fere gravemente o
princípio do destino universal dos bens. A corrupção trai a justiça e a ética social,
compromete o funcionamento do Município, decepciona e afasta o povo da
participação política, levando-o ao desprezo, perplexidade, cansaço, revolta e
ao descrédito generalizado, não somente pelos políticos, mas também, pelas
Instituições Públicas”.
Dom
Emanuel disse ainda que “a Igreja quer contribuir para o bem comum, lembrando
as exigências éticas do Evangelho... a política é um serviço ao bem comum, na
construção de uma sociedade justa, fraterna e solidária”.
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