Faria Lemos sofre mais um dano ambiental gravíssimo



( foto)Empresa destrói árvores, joga terra dentro do rio e compromete a vida do Cágado-de-Hogei ameaçado de extinção.

Além do grande estrago ambiental causado pela empresa Camargo Correa no Município de Faria Lemos, destruindo pontes, aterrando minas d’água, interceptando o fluxo da água, soterrando cachoeira, entre outros, agora aparece outro sério dano ao meio ambiente naquele Municipio, desta feita na construção de uma mini-usina geradora de energia que está sendo implantada na “Prainha”, um dos locais de maior ocorrência do cágado-de- Hogei, espécie ameaçada de extinção e ocorrida  no trecho do rio Carangola, entre Carangola e Faria Lemos, segundo o Pesquisador e Professor Braz Cosenza.

O estrago ambiental que vem sendo causado é assustador e, segundo o Sargento Rodrigues, da Polícia Florestal, a empresa construtora tem autorização para a execução do serviço.

A empresa construtora está desmatando o local, lançando terra e pedra dentro do Rio Carangola e deformando o entorno da “Prainha”, ponto turístico do Município de Faria Lemos, que é usado pelos moradores locais para banho e lazer.

Durante a visita da Folha ao local para fotografar o estrago ali causado, apenas um apontador se fazia presente para fazer as anotações da quantidade de terra retirada e transportada pela empresa Aquino Materiais de Construção, contratada para este fim. O apontador não quis se identificar e muito menos citar o nome da empresa responsável por aquele grave dano ambiental.

Além do dano causado próximo à “Prainha”, no outro extremo da estrada de acesso ao canteiro de obras, a empresa destruiu parte da ponte sobre o Rio Carangola próximo à propriedade do senhor Júlio Lobato.

Segundo o Professor Braz, estão previstas as construções de cerca de 12 mini-usinas hidrelétricas nos Municípios de Caiana, Carangola, Faria Lemos, Fervedouro e São Francisco do Glória. O Professor e Biólogo lembrou que aquilo que parecia um projeto sustentável está se tornando um pesadelo e alertou para o fato de que se as outras mini-usinas forem instaladas desta mesma maneira, o prejuízo ambiental será sem precedentes na história da região.