(*) Ziba Alves de Assis
*Agosto foi-se com suas tradições aziagas. E setembro chega. Chega silencioso e triste, como jamais o vi, no curso de minha vida de estudante e mestre. Chega sem a algazarra gostosa dos alunos, nos desfiles escolares, em homenagem à nossa Independência do domínio lusitano. Em vez do toar dos tambores, com batida cadenciada, pelas ruas e avenidas de nossa cidade, - Gerais, o silêncio...
Não um silêncio qualquer, mas o silêncio da incompreensão... O silêncio do desajuste das partes pelos rumos da educação. Um silêncio que fala profundamente à nossa sensibilidade de educador...
Neste sete de setembro, Minas se veste do silêncio da falta de diálogo das partes envolvidas, no trabalho da educação. A insensibilidade das partes envolvidas não permitiu o a continuidade dos trabalhos escolares em nosso Estado. Onde o respeito às nossas tradições seculares de liberdade? Onde o amor à profissão à serviço da pátria? Onde o senso de responsabilidade pela profissão escolhida, a serviço do educar pelo educar? Não como ganha-pão apenas. Como serviço ao outro. Não ignoramos, é claro, que a uma prestação qualquer corresponde uma contraprestação equivalente, em espécie.
A pendência, nesse aspécto, deve, no entanto, ser resolvida com o coração voltado para a educação da juventude, nesse instante - nau sem rumo, a pique do naufrágio iminente... O impasse das partes envolvidas no sistema educacional mineiro, preocupa-nos sobremaneira: não por nós, mas pelos nossos jovens...
Aproveitamos a oportunidade para render elogios, mais uma vez, ao espetáculos dos desfiles de carros de bois, ocorridos no dia deste mês. Oxalá, concluindo, o silêncio desse sete de setembro nos mostra, em termos de compreensão e de entendimento, o caminho a seguir...
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