segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Usina de Faria Lemos tem causado grandes danos ao meio ambiente

A construção de uma CGH em Faria Lemos está
causando uma grande destruição ambiental.

A falta de uma fiscalização efetiva por parte da Agência Nacional de Águas, no processo de implantação da PCH - Carangola e da CGH de Faria Lemos, ambas instaladas no Rio Carangola, tem trazido sérios problemas para a região.
No caso da PCH Carangola, várias vezes já foi noticiado pela Folha que, em épocas de seca, a área de vazão reduzida do Rio Carangola fica muito aquém do que foi falado pelos construtores da Usina para conseguirem a liberação da mesma, sendo que tal fato tem trazidos sérios prejuízos para a fauna e a flora ribeirinha ao longo daquele trecho.
Já em Faria Lemos, próximo a antiga Prainha, o estrago que vem sendo feito para a instalação da CGH tem sido assustador, tendo em vista o grande impacto sócio-ambiental causado naquele trecho, com a descaracterização da área e a mudança do leito do rio, sem contar que a Prainha, local que servia de lazer, esporte e turismo para os farialemenses e visitantes foi totalmente descaracterizado comprometendo tais práticas no mesmo.
A situação é crítica e a tendência é que os danos ambientais continuem a crescer.
Durante o primeiro seminário sobre meio ambiente de Faria Lemos, André Schaffer, da AS Ambiental, responsável por responder em nome da GS Souto, garantiu que a empresa tinha licença do IBAMA para intervir na área de preservação permanente, chegando a dizer que a Cachoeira deformada pelo projeto "vai ser recuperada". André também garantiu que a área seria recuperada e que tinha conhecimento de que ali ocorria a procriação do cágado de hogei, espécie ameaçada de extinção e que só existe, segundo o Pesquisador Prof. Braz Cosenza, no trecho do Rio Carangola, entre Carangola e Tombos.
Apesar das afirmações de André Schaffer, o fato é que a cada dia que passa, mais e mais vem acontecendo os danos ambientais a área.
É necessário que o Município de Carangola esteja atento para não sofrer novos danos ambientais com a construção de duas novas CGH, uma na Cachoeira do Boi, outra na Cachoeira do José Amaro, pois como diz o velho ditado "depois da porta arrombada não adianta colocar fechadura".

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