quarta-feira, 23 de março de 2011

Campanha da Fraternidade convoca cristãos a assumirem responsabilidade com o futuro do planeta

O deputado Durval Ângelo (PT) ressaltou, esta semana, a importância da Campanha da Fraternidade de 2011 (CF-2011), lançada na quarta-feira de cinzas (9/3/2011), com o tema "Fraternidade e a Vida no Planeta" e o lema "A criação geme em dores de parto". Segundo o parlamentar, a atualidade da discussão é inconteste, uma vez que os danos provocados pela destruição do meio ambiente estão entre as maiores preocupações da humanidade. Eles lembra, no entanto, que já há muito tempo, a questão ecológica é uma preocupação da Igreja Católica, tendo sido foco das Campanhas da Fraternidade em 1979, com o tema "Preserve o que é de todos", em 2004 - "Água, fonte de vida", e em 2007 - "Vida e missão neste chão".
Agora, na avaliação de Durval, a Campanha se volta, especialmente, para um dos problemas ambientais mais preocupantes no momento: o aquecimento global e as mudanças climáticas. "É uma preocupação mais do que correta, pois, hoje, assistimos, cada vez com maior rapidez, à destruição do planeta. Os riscos são visíveis para todos que querem enxergar. Exemplo disso é o degelo nos polos e geleiras dos picos, levando ao aumento do nível dos oceanos. Podemos ter, em poucas décadas, um aumento significativo do nível dos oceanos que colocará em risco a vida em cidades litorâneas. Outras consequências sérias já podem ser sentidas, inclusive com catástrofes. Excesso de chuva em algumas regiões, levando a enchentes e soterramentos. Secas e desolação em outras, ou ainda, tsunamis, furacões etc. Tantas tragédias, em função da mudança do clima advinda da intervenção do homem. E isso, porque o ser humano ainda não desenvolveu uma consciência ecológica que impulsione mudanças radicais na postura de cada um e nos modelos de desenvolvimento econômico", resumiu o deputado.
Para o parlamentar, a principal proposta da CF-2011 é chamar os cristãos à responsabilidade, quanto ao futuro da vida na Terra. Nesse sentido, a Campanha convida à reflexão sobre o que pode ser feito para barrar a deterioração do meio ambiente. Apresentando argumentos bíblicos e teológicos, convoca todos a se envolverem em um movimento global de mudanças de modos de vida e na relação do homem com o meio ambiente. "A Campanha da Fraternidade mostra que todo este mundo foi criado por Deus. Uma relação amorosa de Deus, que cria a vida e cria o ser humano como parte dessa vida. Cria o homem à sua imagem e semelhança, para usar essa natureza tão variada a seu favor, mas também a favor de todos e preservando-a para as gerações futuras", afirma.
Iniciativas do Legislativo ainda são poucas
Durval Ângelo considera que existem na Assembleia de Minas iniciativas que vão ao encontro da proposta da Campanha da Fraternidade 2011. Entre elas, cita projeto de sua autoria, estabelecendo sanções para quem violasse o meio ambiente e compensações para quem, de fato, preservasse os recursos naturais, bem como criando no Estado o "Crédito Verde", título ao portador emitido pelo Estado para ser usado no pagamento de serviços ambientais prestados em áreas com restrição de uso nas propriedades rurais. O projeto foi incorporado por outro, do Executivo. Também foi de iniciativa do parlamentar a lei para a criação da Ouvidoria Ambiental em Minas. Outra luta importante na Assembleia de Minas, lembrada pelo deputado, é pela preservação da Mata Seca, no Norte do Estado. Mas, para ele, no geral, o Poder Legislativo, tanto em Minas, quanto na esfera federal, não demonstra grande consciência ecológica.
"Hoje, estamos correndo um grande risco de sérias mudanças na lei ambiental federal, pela Câmara Federal. Se ocorrerem, multas e violações em decorrência de crime ambiental podem ser perdoadas. Há quem ache a lei ambiental muito dura, ou que trata com muito rigor o pequeno proprietário de terra, mas não o latifundiário. Muitas vezes, é o que ocorre, mas nem por isso devemos concordar com as violações do meio ambiente. Temos que defender o rigor. A defesa do meio ambiente tem que ser uma bandeira", defende Durval Ângelo.

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