Caminhando na contramão das recentes certificações de Qualidade e Eficiência na Gestão de meio Ambiente (NBR ISO 14001), obtidas pela Camargo Correa, empresa fundada em 1939 e uma das maiores empresas de Engenharia e Construção do Brasil, junto com a CNEC Worley Parsons Engenharia SA, responsáveis pelas obras da Refinaria Abreu Lima em Pernambuco, a Camargo Correa tem causado na região um dano ambiental sem precedentes em sua história, fato que põe em questão o recebimento das certificações recebidas pela empresa em Pernambuco e que foi divulgada através da Assessoria de Comunicação da mesma.
No Município de Carangola a empresa causou danos a sítios arqueológicos que guardam a história do Município, entre outros danos causados. Já no Município de Faria Lemos a situação foi alarmante, face aos danos causados ao meio ambiente, ao Patrimônio Público e ao patrimônio particular.
Com a passagem do tempo e sem uma ação mais efetiva por parte do Poder Público Municipal, o Município de Faria Lemos corre o risco de arcar com todos os prejuízos, tirando dos cofres públicos o que deveria ser pago pela empresa causadora dos danos.
Minas e água foram soterradas, a cachoeira do Dico foi aterrada próximo ao sítio do Josué, bem como foi feita uma laje de concreto em cima da laje de pedra, causando desvio no curso do rio. Além desses fatos foi lançada terra dentro da cachoeira e destruídas áreas de preservação permanente.
Além dos danos ambientais, que foram muitos, as pontes da Mortandade, da Igrejinha, dos Câmaras e da Surpresa foram algumas das pontes detonadas pela empresa, que destruiu as mesmas e em algumas delas chegou a colocar chapas de aço para permitir a passagem de veículos pesados da empresa e de outras empresas que prestam serviço para a mesma.
Não bastassem os danos ambientais e ao Patrimônio Público Municipal, ao longo do trajeto a empresa interceptou água próxima à propriedade do Zé Bié, retirou "passa-gado" e galeria de água na estrada dos Belletis, desviou água que vai atingir estradas Municipais e propriedades rurais, entre outros danos causados.
O fato é que as obras da passagem do mineroduto por Faria Lemos estão em fase final e se medidas enérgicas não forem tomadas os danos causados sairão dos Cofres Públicos. Assim, verbas que deveriam ser aplicadas em outros setores serão consumidas para reparação dos erros.
O Prefeito José Clério Alves Terra - Clerinho - garante que está tomando todas as medidas para que o Município não fique no prejuízo, e que além de ter sido feita um Boletim de Ocorrência policial, onde foram relatados todos os danos, também solicitou levantamentos técnicos para saber o tamanho do prejuízo e requerer da empresa o ressarcimento do mesmo.
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