segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Carangola sofre o maior vendaval de sua história

Parecia o “fim do mundo”. Assim muita gente classificou o vendaval que varreu Carangola por cerca de 15 minutos, no dia 28, por volta das 17:45 horas.
Centenas de casas perderam seus telhados, também centenas de árvores foram derrubadas pelo vento em todo o município. A cidade ficou sem luz por mais de 2h30m e muitas localidades só tiveram a energia restabelecida após 48 horas.
Vários cabos de energia se partiram em vários trechos no centro da cidade e também em muitos bairros, tornando o restabelecimento mais difícil.
O sistema de telefonia fixa e móvel entrou em pane e desapareceu por mais de 24 horas, sendo restabelecido gradativamente.
Antenas parabólicas, pedaços de árvores, placas comerciais, outdoors, telhas e muito lixo voavam passando em alta velocidade sobre as casas ao olhar da população assustada.
Da Serra das Velhas descia um tufão de vento que mais parecia um furacão. “A visão era assustadora”, comentam os moradores do Bairro Caixa D’água, que assistiam o forte vento chegar.
Os bairros Aeroporto, Caixa D’água e Triângulo foram os mais atingidos.
Na Rua Manoel Gomes Linhares (Varginha de Baixo) cinco postes caíram e várias casas foram destelhadas ficando sem luz por mais de 48 horas.
A Polícia Militar ficou praticamente incomunicável, comunicando-se através de rádio por algum tempo.
A CEMIG trabalhou dia e noite para restabelecer a situação. A Construrede, uma das prestadoras de serviço da Cemig, convocou todas as suas equipes para socorrerem os afetados e graças a elas e a outras equipes de outras prestadoras de serviço a falta de energia não perdurou tanto. O mesmo aconteceu com a Telemar.
Centenas de moradores e comerciantes tiveram perda total de tudo que estava em suas geladeiras.
Na zona rural a situação não foi diferente, pois lavouras, eucaliptais e outras culturas foram devastadas pelo vento, que muitos diziam ter atingido mais de 120 km/h.
Restabelecida a situação, só resta à população, a muitos estabelecimentos comerciais e a produtores rurais contabilizarem os prejuízos.
Os mais velhos garantem que nunca viram nada igual.

Na região outros municípios também foram castigados pelo forte vento, alguns com a mesma fúria, outros  atingidos com menos intensidade.
“Uma coisa ficou clara para o homem: ele é muito pequeno e não tem nenhum poder algum perto do Poder de Deus”, comentavam os mais religiosos e crédulos.
A Prefeitura e o Semasa também se mobilizaram nas primeiras horas para conterem os danos, cortando árvores, desobstruindo vias e auxiliando aos chamados da PM e da Cemig.

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