sábado, 1 de setembro de 2012

Enquanto os canalhas triunfarem fica difícil acreditar nas instituições.


Chega a dar nojo os argumentos usados por certos políticos para justificar seus atos de corrupção.
Assistir ao julgamento do mensalão indigna os cidadãos que amam a sua pátria.
São tantas as artimanhas usadas pelos acusados e seus advogados que deixam a nação perplexa diante dos artifícios e subterfúgios.
Se alguns acusados, comprovadamente criminosos, forem absolvidos, isso não desfaz seus atos cometidos de forma ilegal, imoral e criminosa.
Não é preciso ir muito longe para vermos que as brechas das leis têm sido usadas por muitos criminosos para se esquivarem das penas de seus atos. Por mais comprovado que esteja o "enfiar as mãos nos cofres públicos", ora fazendo sumir, misteriosamente, maquinários pertencentes ao patrimônio público, ora roubando das formas mais escabrosas possíveis, livram-se, muitas vezes, por falhas processuais que não isentam os crimes, mas que lhes garantem a impunidade.
     Albino Neves

São tantos "pobres" que entraram na política com pouco ou quase nenhum recurso e patrimônio, mas que depois se tornaram pessoas bem capitalizadas quer em contas bancárias quer em imóveis, ora em seus nomes, ora em nomes de laranjas, laranjas esses que muitas das vezes usam um segundo laranja, seja a esposa ou um serviçal qualquer, e assim deixam transparecer para os cidadãos que "o crime compensa", quando na verdade isso não corresponde à realidade, pois é inconcebível e até mesmo anticristão o enriquecimento de uns poucos em detrimento de muitos.
A política que deveria ser algo sagrado, movido pelo sentimento de cidadania e amor pátrio, tornou-se um meio de enriquecer a uns poucos que até bem pouco tempo nada tinham.
São tantas artimanhas, tantas manobras, tantos artifícios, tantos acordos descabidos e tantos conchavos, que deixam transparecer para o povo que, ser político, para o político é um grande negócio, e este tipo de pensamento leva o povo à descrença nas instituições, principalmente na importância do voto no sistema democrático como meio de mudança para toda sociedade.
Enquanto os canalhas triunfarem fica difícil acreditar nas instituições.
A conversa de que "fulano rouba, mas fez" não justifica a eleição de mais um bandido ou novamente a eleição de um mesmo bandido, por mais travestido de mocinho que ele possa se apresentar diante da sociedade.
Não se constrói uma grande cidade, um grande estado e um grande país enquanto o povo não se politizar ao ponto de inibir a entrada de políticos interesseiros, pára-quedistas, que já foram pegos subtraindo dos cofres públicos recursos para si e para os seus. Essa inibição só é possível com a conscientização do eleitor com relação ao valor do seu voto. Fica aqui mais uma dica que, para os corruptos, pode parecer tendenciosa por não endossar suas práticas criminosas, mas, para o bem de todos, deve ser refletida para que não haja mais sofrimento para o tão sofrido povo brasileiro.
Queremos aproveitar também este editorial para fazer uma abordagem sobre algo que tem chocado a sociedade, onde moleques irresponsáveis e levianos, têm exposto de forma vil, meninas, moças e mulheres com a divulgação de fotos e vídeos de conteúdo íntimo. Pessoas que assim fazem ou que dão publicidade e/ou divulgação de tais materiais tornam-se tão criminosas, imorais e mau-caráter como aquelas que levam em confiança das vítimas a exposição de suas figuras a situações deprimentes e vexatórias, e a única forma que temos para combater este tipo de gente inescrupulosa, é denunciando às autoridades para que elas possam tomar as devidas providências dentro dos preceitos legais da lei.
Antes de divulgar qualquer vídeo ou foto, seja de crianças, meninas, moças ou mulheres, coloquem-se no lugar de seus familiares para poder sentir mesmo que superficialmente a profundidade da dor.
Albino Neves

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