Caminho da Luz contorna o espaço histórico de Caiana

Onde foi a Estação Ferroviária hoje funciona
a Biblioteca Pública de Caiana.

O município de Caiana ganhou no mês de junho, a exemplo de Tombos, Catuné, Pedra Dourada, Faria Lemos e Carangola, uma escultura homenageando o Padroeiro São João Batista e o peregrino idoso e Templário.
Caiana é um dos oito municípios por onde passa o Caminho da Luz, o Caminho do Brasil, na língua Tupi-Guarani seu nome quer dizer "índia velha", o povoado surgiu por volta de 1858 quando foi criado um patrimônio para a Igreja Católica tendo naquele ano sido construída a 1ª igreja.

Antigo depósito de café e salão de bailes
 faz parte do conjunto arquitetônico
a Praça São João Batista.

Em 17 de dezembro de 1938 o Decreto Lei 148 desmembrava o distrito de São João do Rio Preto do município de Carangola, a partir daquela data passou a integrar ao distrito de Espera Feliz com a denominação de Caiana e só em 30 de dezembro de 1962, através da Lei 2.764 é que Caiana tornava-se município, o qual foi oficialmente instalado em 1º de março de 1963.
Os dados históricos de Caiana confirmam a passagem dos índios por aquela cidade em direção ao Pico da Bandeira, a montanha sagrada do Brasil.
Sempre em busca de resgatar a história, a Associação Brasileira dos Amigos do Caminho da Luz - ABRALUZ, entidade de utilidade pública reconhecida municipal (Lei 3.610/2006) e estadual  (Lei 16.580/2006), sempre busca tornar cada vez mais autêntico os dados históricos do Caminho, o qual é tombado como patrimônio cultural de Minas Gerais através da Lei  18.086/2009, desta feita, na semana passada Albino Neves Presidente da ABRALUZ, acompanhado de José Renato Souza e Ana Paula Amaral Menezes marcaram o trajeto pela rua João Ferreira, antigo leito da linha férrea e de onde é possível avistar o Pico da Bandeira.

Prédio onde funcionava o armazém de mercadorias que
embarcavam e desembarcavam dos trens.

O trajeto passa pela antiga estação ferroviária desativada em 1974, onde hoje funciona a Biblioteca Municipal Dilene Novaes Silva, também pela antiga estrutura da caixa d'água que abastecia as locomotivas, inaugurada em 25 de julho de 1911, coincidência ou não, na data de 25 de julho é comemorado o dia de Santiago de Compostela. Ainda em Caiana o caminhante irá passar pelo antigo depósito da Leopoldina, também construído nos idos de 1900. Pelo galpão onde funcionava um armazém de compra de café e que depois foi transformado em salão de projeção cinematográfica e de bailes, por fim chega à praça São joão Batista, onde encontra-se a igreja do padroeiro de Caiana e onde a ABRALUZ instalou o 6º monumento do Caminho,               mais uma obra do escultor Afonso Barra.

Caixa d’água que abastecia os trens da Leopoldina.

O resgate cultural de Caiana veio enriquecer ainda mais a via de peregrinação e foi recebido com muito carinho por todos os moradores do trajeto, que agora poderão ver os caminhantes, ciclistas e cavaleiros da Luz passarem em suas portas a exemplo do que faziam os tropeiros, aventureiros e índios e também as locomotivas da Leopoldina.