sexta-feira, 1 de março de 2013

Ou se combate de forma veemente o tráfico ou assistiremos o crescimento do número de "zumbis" e o aumento do índice de criminalidade


O aumento de usuários de crack, do índice de criminalidade e da disputa pelo comando dos pontos de venda de drogas tem deixado a população preocupada, principalmente porque o Estado, que deveria estar investindo mais efetivamente no aumento do contingente das Polícias Militar e Civil, tem sido lento em suas ações. O que dificulta ainda mais é a diminuição do número de policiais nas ruas devido à regionalização das Delegacias de Polícia, fato que, por força das normas estabelecidas, após as 18 horas todos os detidos  por atos criminosos ou infratores, são levados para outros Municípios onde existem Delegados Regionais.

A situação coloca a sociedade mineira bastante preocupada, fato deveria requerer dos representantes políticos nas esferas Municipais e Estaduais uma maior "pressão" junto ao Governo do Estado, a fim de aparelhar melhor as Polícias Militar e Civil de forma a garantir ao cidadão maior segurança.

Na semana passada assistimos os meios de comunicação de massa noticiarem o fato de que um viciado em crack na capital da República, Brasília, pedira à família que o acorrentasse para que ele se mantivesse longe daquela droga, o que demonstra o perigo que a mesma representa para o usuário e, consequentemente, para a sociedade.

Cidades interioranas como Carangola já sentem o reflexo dos usuários do crack, tendo em vista o aumento de pequenos furtos e o circular pelas ruas da cidade de alguns "zumbis", nome dado àqueles cuja droga já dominou e que perambulam pelas ruas como verdadeiros mendigos.

A situação é uma questão muito mais de Saúde Pública do que de repressão, apesar de que há uma necessidade premente de que o tráfico seja reprimido a fim de não alimentar o vício do usuário.

A sociedade tem que aprender a discutir as suas questões, a utilizar mais o "disque-denúncia", a não permitir que a escória desta mesma sociedade travestida na figura de traficante se encrustre no seio desta. Isso quer dizer que movimentos estranhos e situações suspeitas devem ser denunciados a fim de "matar a cobra no ninho".

Sem a participação da sociedade, sem a compreensão dos poderes constituídos, sem a instituição de órgãos que dêem apoio aos pais dos viciados e sem o estabelecimento de clínicas para recuperação dos mesmos, dificilmente as Polícias Militar e Civil serão capazes de exterminar esta chaga aberta no seio da sociedade moderna.

Ou se combate de forma veemente o tráfico e se instrumentaliza os poderes constituídos para tal fim, ou assistiremos o crescimento do número de "zumbis" e  o aumento do índice de criminalidade, fato que coloca a todos em situação de risco da própria vida, tendo em vista que para adquirir a droga, viciados são capazes de tudo, até de matar.

Albino Neves

Um comentário:

  1. Concordo plenamente com o seu pensamento e preocupação, esse é um problema generalizado e que está afetando toda a sociedade brasileira. Em estudos recentes concluiu-se que o maior índice de mortes entre os usuários de crack é a violência, mas que a própria droga em si.Estamos juntos nessa luta meu amigo.

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