Criado na década de 70, o Hotel Poços de Fervedouro
SA, autarquia de economia mista, serviu de embasamento durante o governo da
ditadura para colocar Carangola em estágio de estância hidromineral, qualificação
essa que eximia o Município de ter eleições diretas para Prefeito. Desta forma,
durante mais de uma década o povo de Carangola perdeu o direito de escolher
livre e democraticamente os seus governantes.
O último Prefeito “biônico”, ou seja, nomeado, foi
Paulo Pettersen, que desfrutou do cargo durante 2 anos sem ter recebido aprovação
nas urnas eleitorais por ato do povo carangolense.
Além de ficar mais de uma década sem poder eleger livremente
seus governantes, o Município de Carangola também aplicou, na construção do
Hotel Poços de Fervedouro grande volume em dinheiro e, passados mais de 30
anos, as obras do hotel não foram concluídas e desta forma o dinheiro que
poderia ter sido gasto para melhoria da qualidade de vida do povo carangolense
encontra-se até os dias de hoje a deteriorar-se com o tempo. Desta forma, o
“elefante branco” continua perdido no meio da mata próximo à BR 482, dentro do
Município de Fervedouro (ex-Distrito de Carangola).
Já passou o tempo do Legislativo carangolense
promover uma Audiência Pública, convidando o Executivo de Carangola, para que,
juntos, o Legislativo e o Executivo de Fervedouro, os sócios da Autarquia, uma
Comissão da Assembléia Legislativa e dos Governos do Estado e Federal possam
estudar uma fórmula para que o Hotel Poços de Fervedouro possa servir para o seu
fim ou então para abrigar um Centro de Pesquisas para o Parque Estadual do
Brigadeiro ou qualquer outro fim e que o repasse ou venda das ações que cabem
ao Município de Carangola serem revertidas em benefício de Carangola e dos
carangolenses.
Nenhum comentário:
Postar um comentário