Falta de informação e desconhecimento da estrutura urbana provoca polêmicas

O prédio na foto foi construído em 1890, 8 anos após a emancipação de Carangola
e tem gente que não acha isso um patrimônio. Assim como este existem outro!

O anúncio de que o Prefeito Patrick Drumond havia baixado um Decreto proibindo o tráfego de veículos pesados pelas principais ruas do centro da cidade gerou algumas polêmicas, mesmo antes do Decreto ser colocado em prática com a sinalização das vias e aviso nas rodovias de acesso a Carangola.

Muitas pessoas desinformadas alegam que Carangola não possui Patrimônio Histórico significativo para adoção de tal medida, esquecendo-se, no entanto, que um dos mais graves problemas da passagem de veículos pesados entre as ruas de ligação da MG 111 com a BR 482 é que a distância entre o piso e a lage de pedra existente ao longo desse percurso, em muitos trechos, não chega a 1.50mt de altura, sendo que nesse intermédio estão instaladas as redes de água, esgoto e água pluvial que estão sendo comprometidas com a passagem de veículos muitas vezes com até 80 toneladas de minério sob a superfície.

A bem da verdade, o trajeto é uma passagem entre Rodovias e deveria ser cuidado, ou melhor, asfaltado pelos Governos Estadual ou Federal. No entanto, as lideranças políticas nas esferas Estaduais e Federais que representam o Município não viabilizaram tal feito, apesar do fato de que isso não eliminaria o problema.

A questão do tráfego pesado é bem séria e a proposta mais viável para a retirada do trânsito pesado de dentro da sede do Município seria uma via alternativa ligando a BR 482 à estrada Carangola/Caiana, passando pelo distrito de Lacerdina e a construção de uma ponte sobre o Rio Carangola, tirando o tráfego de veículos para a antiga estada Carangola/Faria Lemos, ligando esta à MG111. Também esta questão dependeria de liderança política, com prestígio e empenho junto aos governos para a execução da obra. Só que a maioria das lideranças municipais, preocupadas em cuidar dos seus próprios interesses, optam pela divisão dos votos e a eleição de Deputados que nada fazem por Carangola, do que cuidar dos interesses reais do Município. Para se ter uma idéia da gravidade da situação, nas últimas eleições para a Câmara dos Deputados, receberam votos dos carangolenses 198 candidatos.

A questão deve ser levada a uma discussão ampla, pois a ruptura das redes de água e esgoto e pluvial causada pela passagem da carga pesada pela sede do Município pode trazer prejuízos sem precedentes na história de Carangola, já marcada por tantas instabilidades de terreno, como é o caso do Panorama, da Cap. Antônio Carlos de Souza e do antigo motel.