sábado, 16 de julho de 2011

Ferrovia: Patrimônio Histórico se perde no tempo

*Em abril de 1872 era assinado no Rio de Janeiro um contrato para construção da estrada de ferro ligando a cidade de Campos até Carangola. Nesta data, segundo o historiador Rogério Carelli, o trem chegava a Carangola.
Durante muitos anos o Município de Carangola foi um dos mais importantes de Minas Gerais, pois a linha férrea trazia consigo a facilidade do transporte da produção e a prosperidade. A importância de Carangola era tanta que na cidade foi construída a 26ª agência do Banco do Brasil, no Brasil.
Da linha férrea, retirada em 1978 em um ato que trouxe para Carangola, Minas e o Brasil, grandes e sérios prejuízos, restaram apenas as construções, entre elas as antigas estações, caixas d'água para abastecimento das locomotivas, prédios para manutenção de máquinas e residências do pessoal que trabalhava nas linhas.
Na região, as estações de Tombos, Faria Lemos, Carangola, Lacerdina, Espera Feliz, Pedra Menina e Caparaó, ainda encontram-se preservadas pelos respectivos proprietários, a maioria deles, as Prefeituras.
Em contrapartida, em um dos trechos mais belos da ferrovia, o que liga Parada General a Caiana, passando pelos Municípios de Carangola e Faria Lemos, temos constatado a deterioração de inúmeros patrimônios históricos como as residências em Parada General e do "Eremita", o prédio de manutenção próximo ao túnel de Pedra e a antiga estação de Ernestina, um fato lamentável para a história da região, que se perde com a deterioração, a falta de cuidado, a depredação, o vandalismo e o abandono.
Enquanto nos países desenvolvidos preserva-se a história como essência da vida das sociedades mais desenvolvidas, na região assiste-se a história se perder.
Além dos prédios, há de se destacar o estado crítico em que se encontra o Pontilhão de Ferro em Carangola, onde várias partes estão corroídas pelos tempo, deteriorando-se e comprometendo aquela bela e importante estrutura que durante tantos anos serviu a linha férrea e que clama por urgente reparo e preservação.
Segundo Albino Neves, Presidente da Associação dos Amigos do Caminho da Luz - ABRALUZ, e articulador para a passagem da Ferrovia Transcontinental (que vai ligar o Atlântico ao Pacífico de Campos/RJ até o Peru) por Carangola, movimento encabeçado pela Associação e que ganhou a adesão de dezenas de Deputados Estaduais e Federais no país, fato que levou o Ministro dos Transportes a garantir o estudo da viabilidade da passagem do mesmo por Carangola e região "o abandono do patrimônio histórico representa o descaso do Governo Federal e dos Governos Municipais onde tais patrimônios estão situados"

2 comentários:

  1. Que pena que os mineiros não se preocupe com a sua própria historia.

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  2. Uma pena a população não dar valor . E cobrar dos governantes a preservação dessas estações.

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