domingo, 10 de julho de 2011

EDITORIAL

*Assim como no futebol, na Administração Pública não basta a troca de jogadores no time que está perdendo, é necessário a troca de técnico, de tática, de planejamento e de modelo para que a equipe como um todo possa tornar-se campeã.
Tem sido comum nos Municípios de menor porte, de norte a sul do país, a sucessão de erros e, com eles, passa-se o tempo, sem se ver a implantação de uma nova modalidade administrativa.
O ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, torneiro mecânico por profissão, deixou a Presidência da República depois de 8 anos de governo, com a incrível marca de mais de 85% de aprovação ao seu governo.
Ora, o Brasil não trocou de nome, mas de prática Político-administrativa.
Homem do povo, sensível e conhecedor das aflições do povo, Lula soube dar ao povo, sem retaliações, sem distinções, sem perseguições políticas, aquilo que o povo precisava, pois sua sensibilidade falou mais alto do que a titularidade de muitos tidos como intelectuais, mostrando que não é o título de Doutor, Professor e outros do mesmo patamar que fazem um bom governo, mas sim a sensibilidade e o respeito ao povo daquele que está à frente do governo.
Muitos daqueles que o classificavam como "sapo barbudo", agitador, analfabeto e diversos outros termos pejorativos, acabaram por render-se à sua "batuta" administrativa, o que nos deixa uma lição de que, independente de gostarmos ou não do homem, devemos gostar de nossa família e de nosso Estado. Afinal, o eleito deve trabalhar em favor de ambos.
Ficou claro nesses 8 anos de seu governo a importância da mudança de modelo administrativo e com ela a mudança de conceitos ultrapassados que durante tanto tempo mantiveram o país sob a tutela do FMI, sem vez e sem voz diante do mundo.
Pois bem, nos casos dos pequenos e médios Municípios brasileiros, onde muitas vezes a carência e as necessidades falam mais alto do que a razão, a simples mudança de nomes não tem dado aos que mais precisam aquilo que eles tanto desejam, ou seja, emprego, saúde e educação de boa qualidade, saneamento básico, segurança e justiça social no mais amplo sentido. Isso vem configurar que a troca de nomes não é a solução.
Onde então está a solução? Na troca de métodos. Métodos modernos, construídos em cima de fundamentos sólidos e não em práticas ultrapassadas das políticas da mesmice, dos tapinhas nas costas, dos exemplos estapafúrdios que não passam de uma forma de enganar aos mais desavisados.
O mineiro Tancredo Neves já dizia que "enquanto houver neste país um só homem sem trabalho, sem teto, sem pão e sem letra toda prosperidade será falsa".
A mais de um ano das próximas Eleições para Prefeito e Vereador em todo o País, devemos acompanhar com olhos bem atentos aos pretensos candidatos aos cargos de Executivo e Legislativo Municipais, pois se assim agirmos, certamente, erraremos menos, cresceremos mais e poderemos nos tornar uma sociedade mais justa e igualitária, tendo como conseqüência a felicidade de todos.
Albino Neves

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