sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

A corrupção afeta a saúde e a vida do povo


A condenação dos envolvidos no esquema do mensalão, que levou ex-Ministros, Deputados e Empresários à cadeia, certamente não amedronta aqueles que tem circulando em suas veias o instinto da corrupção. Além do mais, os corruptos têm a seu favor a morosidade da Justiça e a fragilidade das Leis, fatores que são estimuladores para a prática criminosa.

O primeiro quesito para alguém ser político ou representante do povo deveria ser o amor ao próximo, pois sem amor ao próximo torna-se impossível sentir a dor do próximo.

A corrupção no Brasil, em todos os níveis e em todos os Poderes, indistintamente, ou seja, Executivo, Legislativo e Judiciário, tem tomado a estrutura das Instituições assim como o câncer que se alastra pelo corpo do paciente. Desta forma, se a mente é afetada pela doença, todo o corpo padece.

Enquanto o corrupto subtrai para si e para os seus vantagens que lhes garantam uma vida “nababesca”, do outro lado da “corda” se encontra o povo, principalmente o mais carente, aquele que necessita dos Serviços Públicos para suas necessidades básicas como assistência Médico-hospitalar, Educação e Segurança Pública.

A retirada ilícita do dinheiro dos Cofres Públicos afeta diretamente a saúde e a vida do povo. Desta forma é comum o noticiário nacional mostrar que faltam leitos, remédios e médicos em diversos Hospitais. Na maioria dos Municípios brasileiros a coisa não é muito diferente, tendo em vista que seguem o exemplo da “cabeça” da nação.

É comum nos prontos-socorros em vários locais do Brasil, faltarem medicamentos básicos para o atendimento da população, tais como base, esparadrapo, álcool iodado, soro, etc, e se falta o básico, fica claro que em casos mais complexos o paciente fica ainda mais exposto à própria sorte.

Há décadas passadas, a Escola Pública brasileira era uma referência na Educação. Com o crescimento das escolas privadas, que remuneram, em sua maioria, melhor do que as escolas públicas houve uma migração de professores com níveis mais elevados de formação para tais escolas. Além do mais, há de se destacar que, com um salário incompatível com o desempenho de sua função, o professor das escolas públicas vê-se obrigado a ter vários empregos para poder ter uma vida um pouco melhor. Desta forma, fica privado de ampliar o seu nível de informação e de formação, por falta de tempo e de dinheiro.

Se por um lado a nação viu ser quebrado o paradigma de que cadeia foi feita só para pobre, por outro não acredita que isso vá mudar o esquema do malfeitor se refugiar nas fragilidades da Lei. Fazemos aqui, por uma questão de justiça, uma referência ao mensalão mineiro, que, se não for julgado rapidamente, será extinto por decurso de prazo, apesar de ele ter surgido anterior ao mensalão dos ora condenados.

Um fato que deveria ser taxativo na Legislação Eleitoral, é que qualquer cidadão condenado por práticas de roubo, corrupção e malversação do dinheiro público, nunca mais poderia se candidatar a cargo público, pois a corrupção é uma droga que entranha no sangue de seu portador e que sempre que é provada torna o mesmo dependente dela. É uma doença incurável por tratar-se de uma doença moral, incrustrada nas mentes e índoles criminosas. A corrupção é como o álcool para o alcóolatra, como o crack para o dependente, é uma doença que toma conta do viciado.

A cura da corrupção só será possível no dia em que o povo tiver mais amor por si e pela sua terra, o dia em que o povo entender que todos os cidadãos que compõem uma sociedade precisam exercer plenamente seus direitos e deveres, pois a principal fonte de abastecimento do político corrupto é o voto exercido com leviandade por aqueles que não têm amor à sua família e à sua pátria.

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