sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Anuncio da construção de Parque em Carangola pode esbarrar em questões ambientais


Antes mesmo do anúncio feito pelo Prefeito de Carangola Luiz Cesar Ricardo Soares, na Câmara Municipal no dia 22 de outubro, onde apresentou o projeto do Parque Jequitibá, o Ministério Público, através do Promotor de Justiça Breno Max de Jesus Silveira, atendendo a representação encaminhada por Vicente Paula Serry, determinava a instauração de inquérito a respeito da compra do terreno de Gerson Finotti, na Varginha, feita pelo Prefeito de Carangola.

O Promotor solicitou, à época, entre outros os parâmetros adotados para a escolha do imóvel e também se a aquisição do mesmo foi precedida de estudos prévios, inclusive ambientais, por se tratar de terreno composto, parcialmente, de área de preservação permanente.

Na reunião na Câmara Municipal, o Prefeito mostrou-se muito entusiasmado com o Projeto, garantindo que o Parque Municipal Jequitibá será uma grande área de esporte e lazer, informando ainda naquela reunião que já havia quitado aproximadamente R$ 800 mil dos aproximadamente R$ 2 milhões correspondentes à aquisição do terreno.

Na ocasião o Prefeito, também entusiasmado, mostrou através de telão, que na área serão feitos lagos, quadras e campos de futebol, pista de skate, restaurante, pista de aeromodelismo e inúmeras outras obras, o que para ele representa colocar Carangola de volta ao centro das atenções como Município polo da região, anunciando que a Prefeitura tomará posse do terreno 4 meses após ser assinada a escritura e que isto está previsto para o próximo ano.

O que não foi explicado durante a explanação é como a Prefeitura  vai evitar as enchentes que geralmente ocorrem por ocasião das cheias em toda a área onde é pretendido construir o Parque Jequitibá, principalmente pelo fato de que grande investimento de obras físicas serão realizados com dinheiro público naquele local.

Com o alagamento do terreno as obras físicas tendem a ficar comprometidas em suas estruturas, sem contar que as enchentes trazem consigo, das vertentes de onde provém as águas, grandes quantidades de herbicidas, pesticidas e diversos outros tipos de agrotóxicos utilizados nas lavouras, todos estes prejudiciais à saúde.

Como é sabido, desde que o Prefeito Luiz Cesar Ricardo Soares assumiu a Prefeitura de Carangola, o mesmo não concede entrevista à Folha e sequer dirige a palavra ao Jornalista quando é interpelado sobre qualquer assunto referente à Administração Pública Municipal. Em consequência, não foi possível ouvir o Prefeito para que ele pudesse prestar tal esclarecimento à população, tendo em vista que os recursos empregados nas obras preteridas são recursos públicos e como tais não podem ser desperdiçados e também tendo em vista que podem ser aplicados em outras áreas de maior necessidade como são por exemplo as de Saúde e Educação. Mesmo com a não manifestação do Prefeito a Folha deixa sempre aberto um espaço para que ele, se assim desejar, possa trazer a público sua posição diante da abordagem feita.

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