domingo, 1 de setembro de 2013

A pouca vergonha e a imoralidade pública continuam existindo



Para o político sem princípios, as manifestações que surgiram em todo o Brasil de Norte a Sul nada dizem, pois continua falando mais alto a “Lei de Gerson”, a lei de “levar vantagem em tudo”.
A pouca vergonha e a imoralidade pública continuam existindo, quer nas compras superfaturadas, quer no apadrinhamento e no favorecimento ilícito, quer na absolvição de corruptos comprovados, num total sinal de desrespeito ao povo brasileiro, ou melhor, como o dito popular “estão cagando e andando” para o povo.

Como diria Boris Casoy, “isto é uma vergonha!”. Com a corrupção institucionalizada, não sobra um poder que esteja isento deste malefício que tantos danos têm causado ao país. “Isto é uma vergonha!”.
Fazer o quê? Se antigamente “um fio do bigode” era o suficiente para apalavrar um negócio ou um compromisso, hoje nem papel assinado garante o compromisso empenhado. “Isto é uma vergonha!”.
O pior de tudo é que muitos homens de bem sentem vergonha de ser de bem, pois quando se manifestam contrários ao sistema corrupto e perverso tornam-se alvo de achincalho pelos verdadeiros “pulhas” da sociedade. “Isto é uma vergonha!”.
A defesa dos interesses pessoais e de grupos tenta prevalecer a todo instante sobre os interesses da maioria. Vide o caso dos médicos em que ninguém quer ir para onde não corre dinheiro, mas quer fechar as portas para aqueles que querem exercer a medicina cumprindo com o compromisso assumido no momento do juramento feito para o exercício da profissão. “Isto é uma vergonha!”.
Com poderes comprometidos entre si fica difícil para o povo saber a quem recorrer quando vê seus direitos aviltados, fato que gera intranquilidade e o desconforto nacional. “Isto é uma vergonha!”.
Procurar homens honestos na política é o mesmo que procurar “agulha no palheiro”. Não que os homens honestos não queiram dar sua cota de contribuição para o bem do país e para amenizar a dor alheia, mas porque o povo quando apoia um político corrupto, mostra que não é vítima do sistema, mas cúmplice do mesmo. “Isto é uma vergonha!”.
O homem público que não se incomoda com a dor do outro não pode ser homem público, pois o princípio daquele que se propõe a representar o povo deveria ser o servir ao invés do ser servido.
A cumplicidade do povo com o sistema ao qual ele mesmo repudia é que sustenta esse sistema doente.
O povo tem que aprender que não precisa que ninguém fique rindo para ele pelos cantos da cidade em época de eleição, e muito menos que se apresente com salvador da pátria, sem que tenha conteúdo concreto a apresentar, pois se o povo não aprender a adquirir a verdadeira consciência dos seus Direitos e Deveres, estará sempre colocando raposas para tomar conta do galinheiro.
A eleição passada trouxe um quê de diferente das demais eleições, pois as redes sociais serviram de verdadeiros palanques eleitorais onde os mal intencionados procuravam desmerecer e desacreditar todas e quaisquer denúncias que fossem feitas contra aqueles abutres da política. Verdadeiros carniceiros que afiavam suas unhas e seus bicos para eleger políticos que sabiam que iam subtrair dos Cofres Públicos o que pudessem, não se preocupando quantas bocas passam fome, quantas crianças não têm educação ou vivem nas drogas, quantos velhos ficariam desprotegidos, quantos doentes ficariam sem remédios, enfim, quantos que menos tem ficariam ainda mais desamparados. “Isto é uma vergonha!”.
E nós perguntamos: Onde estão os arautos das redes sociais, que com prepotência e arrogância, descaso e desrespeito, tratavam cidadãos de bem de forma ultrajante? Onde estão os “pulhas” da sociedade que contribuem e colaboram para eleger corruptos e maus-caráter para representar a sociedade da qual eles mesmo fazem parte?
                                                                Albino Neves

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