segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

Enchente de Carangola ultrapassou o nível da ocorrida em 1985 até então a maior em sua história



Tristeza... Tristeza é o sentimento dos carangolenses diante da tragédia da enchente ocorrida nos dias 24 e 25 de janeiro de 2020, que deixou centenas de famílias desabrigadas, o centro comercial destruído e causou prejuízos incalculáveis a parte significativa da população.

Trinta e cinco anos depois da maior enchente (26/01/1985), que abateu sobre Carangola, deixando um rastro de destruição, prejuízos e mortes, Carangola volta novamente a ser acometida da mesma catástrofe, desta feita, com um volume ainda maior de água e um rastro maior de destruição e prejuízos.

Desde o dia 24 de janeiro este Blog prevenia que Carangola corria o risco de ter a maior enchente de sua história e alertava para todos sob a necessidade da prevenção para evitar perdas e prejuízos.

Segundo o jornaleiro Vicente Mantuano que possui a tradicional banca de jornal e revistas na Rua Pedro de Oliveira, há mais de 50 anos, “esta foi a maior de todas as enchentes da história de Carangola e, apesar de termos levantado os livros e revistas, perdemos quase tudo, pois a água superou as nossas expectativas” disse ele em estado de choque, arrematando “acho que vou fechar a banca”. Foto abaixo dias antes da enchente.



Centenas de família foram afetadas pelas cheias do rio Carangola, sendo que a maioria delas perdeu tudo o que tinha. A cena depois do baixar das águas, pode ser comparada a uma cena de guerra.






Os locais mais atingidos pela enchente foram o distrito de Lacerdina, dista a cinco quilômetros da sede do município, os bairros do Santo Onofre, Júlio Vaz, Santa Emília, Centro entre outros.

 


Muitos comerciantes correm o risco de terem que fechar as suas portas, tamanho o prejuízo e a perda obtida, sendo que em muitos casos, houve perda de toda a mercadoria existente no estoque.
Muitas famílias perderam tudo o que tinham, para algumas, só sobraram as roupa do corpo.








A solidariedade é o tom que mais se faz mais presente nesta hora, mostrando que apesar da dor, o amor e a fraternidade ainda falam mais alto.




Alguns aproveitadores tentaram saquear algumas lojas que foram arrombadas pela força das águas, sendo os mesmos identificados por câmeras de segurança e presos posteriormente pela polícia.
A Polícia Militar através do Comandante da 75º Cia PM Major Wesley Machado manteve seus homens patrulhando a cidade, dando apoio aos necessitados e prevenindo contra os delinquentes.
O Corpo de Bombeiros e uma aeronave estiveram presentes para socorrer aos que ficaram ilhados e atender em casos de emergência.
A Prefeitura Municipal de Carangola colocou sua equipe nas ruas para recolher os escombros, a fim de evitar o sentimento de impotência e depressão.
Uma equipe do serviço de ação social tratou de cadastrar os afetados.
As Igrejas Católicas e outras e também centros comunitários, abrigam os desalojados e recolhem donativos.
A Ordem dos Cavaleiros Templários através do Gran Priorato Templário do Brasil – Cavalaria Espiritual São João Batista e da Comendadoria São Miguel Ancanjo, está se mobilizando através da Coordenadoria de Ação Social, sob a direção da Sor.+ Marta Célia em conjunto com o Grão Prior do Brasil Eutenciano Chagas e as demais Comendadorias do Brasil, a fim de recolher donativos para ajudar aos afetados.



Nesta hora, o que fica é a lição de que diante de uma catástrofe é preferível alarmar a população, ao invés deixar para fazê-lo na última hora, quando pode ser tarde demais e “as portas já estarem arrombadas”.
Quanto à população ribeirinha ou moradora em áreas de risco deve ficar a lição de que “mais vale perder um dedo do que um braço”, ou seja, é preferível retirar seus pertences para uma área segura até a situação se normalizar, do que tirar os escombros depois da catástrofe e de ter perdido tudo.
A população deve se conscientizar que lugar do lixo é no lixo e não do rio e nas vias públicas. 




Para os governantes deve ficar a lição de que não se pode permitir que se faça construções às margens do rio e, muito menos, que se crie loteamentos em áreas de grande declividade, cujos movimentos de terra com as chuvas sejam carregados pelas águas para dentro dos córregos e rios, causando o assoreamento dos mesmos e contribuindo para a enchente.
É necessário que a prefeitura mantenha um canal direto de comunicação social a fim de esclarecer a população antecipadamente e evitar maiores perdas e prejuízos.
Algumas empresas só não tiveram grandes prejuízos por terem tido o cuidado de monitorar e antecipar a chegada das águas em seus estabelecimentos.
Está claro que é preciso que Carangola crie uma via alternativa de chegada à cidade, tanto no sentido de quem vem da BR 116 e da BR 262, como de quem vem da MG 111, que liga Carangola ao estado do Rio de Janeiro, haja vista, que Carangola possui um Hospital de alta complexidade (Casa de Caridade de Carangola), referência regional, que não pode ficar ilhado, ou seja, sem acesso daqueles que necessitam de sua estrutura, sob o riso de muitas vidas que podem ser salvas, serem perdidas.
O momento é de dor e reflexão, visto que quem não aprende com a dor, volta a senti-la novamente, afinal, disse o Mestre Jesus “é preciso orar e vigiar” e também diz as Escrituras Sagradas “faça a tua parte que Eu te ajudarei”.























   
 
 







 





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