As últimas eleições mostraram que não importa o
tamanho da mentira para que adversários políticos a usem para dar asas à sua
imaginação em benefício próprio.
A internet teve um papel decisivo no processo
eleitoral, visto que nas redes sociais uma postagem era sempre combatida e
contradita com uma nova postagem. Assim a rede social se tornou uma "praça
de guerra" onde o respeito não aconteceu e o ódio, em muitos casos, foi
implantado. Muitos amigos foram perdidos por pensarem diferentemente, o que é
lamentável.
Também nas redes sociais foi mostrado não existirem
limites para as agressões e contradições, e assim ficou claro que através delas
é possível até o desfecho de uma "guerra", o que á assustador e
comprometedor ao regime democrático, fato que deve ser observado cuidadosamente
pelos legisladores e pelo próprio Poder Executivo, fixando normas de forma que
pessoas mal intencionadas, recalcadas e
de mal com a vida incentivem o ódio entre as outras pessoas.
Há de se ressaltar também que a imprensa, apesar da
revogação da Lei de Imprensa, necessita de regras claras para que não haja
manipulações espúrias a fim de favorecer este ou aquele candidato, visto que a
imprensa deve ser livre em um regime democrático, mas também responsável pelos
seus atos, caso contrário terá apenas direitos e não estará comprometida com os
deveres que devem ter todos os cidadãos, independente de cargo, função e
profissão. Afinal, todos devem ser iguais perante a Lei.
Um fato que merece o repúdio de todos os
brasileiros comprometidos com o sistema democrático é o de os derrotados
começarem a incitar o povo pedindo a prévia cassação de mandato do eleito a fim
de reverterem a vontade popular.
É necessário que os brasileiros amadureçam e
despertem para o novo tempo deste novo Brasil. Afinal, o Brasil somos nós e
devemos lutar por ele a favor de todos e não a favor de uma minoria que visa
desestabilizar o país a fim de favorecer a este ou àquele grupo econômico.
Precisamos acordar para o fato de que direitos e
deveres devem caminhar lado a lado, sem discriminação, sem distinção, para que
todos saibam o que podem fazer e o que não podem.
Nas democracias mais maduras do mundo, após o
resultado das urnas, todos torcem para o êxito da nação e não o contrário,
tendo em vista que entende-se por
representante do povo aquele que quer o melhor para o povo e para o país, e não
aquele que quer o melhor para si e para os seus. Portanto, devemos nos unir em
favor do Brasil e os derrotados de hoje devem elaborar planos de governo
capazes de convencer o povo de que suas propostas a favor de todos são as
melhores, despertando no povo a vontade
de conduzi-los aos cargos preteridos por acreditarem nelas.
É sabido por todos que o Brasil saiu de uma
condição vexatória da miséria e da fome para uma melhor condição. Também é
sabido que a vida de todos os brasileiros melhorou significativamente nos
últimos anos. Hoje aqueles que antes não conseguiam sequer sonhar com sua casa
própria, com um carro, com mobílias
novas para seus lares, com filhos em universidades, com viagens para
gratificar-lhe os meses de trabalho, já gozam desses bens. Isso é democracia.
Mesmo diante de todos os avanços ocorridos nos
últimos anos, sabemos que muito há de ser feito, tendo em vista que o Brasil
ficou parado ou andou vagarosamente através dos séculos. Precisamos melhorar as
estradas, ferrovias, aeroportos, de mais incentivo para a agricultura,
pecuária, comércio e indústria, de melhores estruturas nas redes
médico-hospitalares e também nas redes de ensino, mas não podemos fechar os
olhos de que importantes passos já foram
dados, e nem esquecermos que não se corrige as imperfeições de uma vida em
poucos anos, para tudo é preciso tempo, maturação e recursos.
Uma das coisas que mais
chocou os verdadeiros patriotas foi a falta de patriotismo durante a realização
da Copa do Mundo e da estruturação para sua realização, visto que aproveitaram
o ano eleitoral para desclassificar o Brasil em sua estrutura moral e política
e isso é inaceitável para quem ama o seu país. Espera-se que nas Olimpíadas de
2016 a serem realizadas no Brasil, não se cometa o mesmo erro, mas que todos,
independente de facção política, vistam a bandeira verde e amarela, a fim de
que nossos atletas não se sintam pressionados, muito pelo contrário, sintam o
dever patriótico de dar o melhor de si a favor da mãe pátria.
Albino Neves
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