Antes
mesmo do anúncio feito pelo Prefeito de Carangola Luiz Cesar Ricardo Soares, na
Câmara Municipal no dia 22 de outubro, onde apresentou o projeto do Parque
Jequitibá, o Ministério Público, através do Promotor de Justiça Breno Max de
Jesus Silveira, atendendo a representação encaminhada por Vicente Paula Serry,
determinava a instauração de inquérito a respeito da compra do terreno de
Gerson Finotti, na Varginha, feita pelo Prefeito de Carangola.
O
Promotor solicitou, à época, entre outros os parâmetros adotados para a escolha
do imóvel e também se a aquisição do mesmo foi precedida de estudos prévios,
inclusive ambientais, por se tratar de terreno composto, parcialmente, de área
de preservação permanente.
Na
reunião na Câmara Municipal, o Prefeito mostrou-se muito entusiasmado com o
Projeto, garantindo que o Parque Municipal Jequitibá será uma grande área de
esporte e lazer, informando ainda naquela reunião que já havia quitado
aproximadamente R$ 800 mil dos aproximadamente R$ 2 milhões correspondentes à
aquisição do terreno.
Na
ocasião o Prefeito, também entusiasmado, mostrou através de telão, que na área
serão feitos lagos, quadras e campos de futebol, pista de skate, restaurante,
pista de aeromodelismo e inúmeras outras obras, o que para ele representa
colocar Carangola de volta ao centro das atenções como Município polo da
região, anunciando que a Prefeitura tomará posse do terreno 4 meses após ser
assinada a escritura e que isto está previsto para o próximo ano.
O
que não foi explicado durante a explanação é como a Prefeitura vai evitar as enchentes que geralmente
ocorrem por ocasião das cheias em toda a área onde é pretendido construir o
Parque Jequitibá, principalmente pelo fato de que grande investimento de obras
físicas serão realizados com dinheiro público naquele local.
Com
o alagamento do terreno as obras físicas tendem a ficar comprometidas em suas
estruturas, sem contar que as enchentes trazem consigo, das vertentes de onde
provém as águas, grandes quantidades de herbicidas, pesticidas e diversos
outros tipos de agrotóxicos utilizados nas lavouras, todos estes prejudiciais à
saúde.
Como é sabido,
desde que o Prefeito Luiz Cesar Ricardo Soares assumiu a Prefeitura de
Carangola, o mesmo não concede entrevista à Folha e sequer dirige a palavra ao
Jornalista quando é interpelado sobre qualquer assunto referente à
Administração Pública Municipal. Em consequência, não foi possível ouvir o
Prefeito para que ele pudesse prestar tal esclarecimento à população, tendo em
vista que os recursos empregados nas obras preteridas são recursos públicos e
como tais não podem ser desperdiçados e também tendo em vista que podem ser
aplicados em outras áreas de maior necessidade como são por exemplo as de Saúde
e Educação. Mesmo com a não manifestação do Prefeito a Folha deixa sempre
aberto um espaço para que ele, se assim desejar, possa trazer a público sua
posição diante da abordagem feita.
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